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Passageiros disruptivos e harmonização de normas no setor aéreo latino-americano

Moderado por Ivette Franco, Diretora Jurídica Sênior e Conselheira Geral da Copa Airlines, o debate abordou regulamentações, custos e possíveis soluções para essa crescente problemática.

23 set. 2024

ALTA NEWS -  Passageiros disruptivos e harmonização de normas no setor aéreo latino-americano

Panamá, 24 de setembro de 2024 – Durante a conferência ALTA Aviation Law Americas 2024, o painel "Além do Comum: Passageiros Disruptivos e Casos Peculiares na Aviação Latino-Americana" discutiu os desafios relacionados a passageiros disruptivos. Moderado por Ivette Franco, Diretora Sênior e Conselheira Geral da Copa Airlines, o debate abordou regulamentos, custos e possíveis soluções para essa problemática crescente.

Entre os temas discutidos, Francisco Prat, sócio da Prat & Cia Advogados, destacou a importância de uniformizar as sanções em toda a América Latina, mencionando a necessidade de evitar a inconsistência entre os países, o que pode impactar tanto a segurança aérea quanto a experiência dos passageiros.

Luisa Medina, do Di Ciero Advogados, discutiu os custos substanciais gerados pelos passageiros disruptivos, desde multas e sanções legais até perdas operacionais e danos à reputação. Ela sugeriu que as companhias aéreas adotem estratégias proativas para mitigar esses custos e proteger seus negócios e clientes.

As dificuldades jurídicas na implementação de listas de alerta na região foram abordadas por Richard Galindo, Diretor Jurídico e Conselheiro Geral da Avianca. “É fundamental criar mecanismos mais transparentes e justos para tratar casos graves. O Brasil, por exemplo, está avançando na regulamentação e já está na fase final de consulta pública para a implementação de listas restritivas de passageiros.”

Thiago Carvalho, por sua vez, destacou a posição da Comissão Latino-Americana de Aviação Civil (CLAC) sobre a necessidade de ratificar o Protocolo de Montreal de 2014 (MP14) para fortalecer as medidas de aplicação da lei em casos de passageiros disruptivos. Ele observou que os EUA têm uma abordagem mais rigorosa, e que a América Latina carece de um alinhamento similar em suas sanções. “Não há uma harmonização da agenda entre os países, cada um tem suas políticas ou simplesmente não tem políticas sobre o assunto. A diferença é grande entre as sanções impostas por cada país. Nos EUA, é muito mais fácil processar um passageiro do que na América Latina”, explicou.

Ivette Franco encerrou o painel enfatizando a importância da colaboração entre governos, companhias aéreas e organismos internacionais para desenvolver soluções integradas. “Além da harmonização regulatória, é essencial investir em campanhas de conscientização e segurança, tanto em solo quanto a bordo. Outro ponto importante é que não basta que os países sejam signatários da Convenção de Tóquio ou do Protocolo de Montreal de 2014. É necessário que essas disposições sejam incluídas nas normas penais e administrativas de cada país para que as ações dos passageiros disruptivos tenham uma consequência real. Cabe às companhias aéreas, à ALTA e à IATA incluir esse tema em nossas agendas para incentivar as autoridades a tomar medidas e estabelecer sanções e multas para esses casos, bem como a responsabilidade dos passageiros de arcar com os custos em que as companhias aéreas incorrem devido às suas ações.”

O painel não só trouxe à tona os desafios enfrentados pela indústria, como também fez um apelo por um marco regulatório coerente que assegure um ambiente de aviação mais seguro e previsível na América Latina.

 


Sobre a ALTA

ALTA é uma associação privada sem fins lucrativos ao serviço da indústria aérea cujo objetivo é desenvolver uma aviação mais segura, eficiente e sustentável na América Latina e no Caribe. A ALTA coordena esforços colaborativos ao longo de toda a cadeia de valor maximizando o impacto que tem a aviação no crescimento econômico e social da região para o benefício da indústria, das nações e da população servidas pelo transporte aéreo.

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Veronica Zapata

Fuel and Sustainability Analyst

Aeronautical Engineer from Universidad Pontificia Bolivariana in Medellin, with a distinguished track record in operations optimization and sustainability in the airline and automotive industry. She has a diverse background, with experience  quality assurance and operational management.  As part of the fuel team at Viva Air, she led initiatives that resulted in the reduction of CO2 emissions, SAF tracking and fuel efficiency management. Currently, her focus is on developing innovative solutions to promote the circular economy and achieve sustainability objectives through the implementation of key performance indicators and strategic tracking of environmental goals.