Conectividade: um catalisador para a transformação digital na aviação
O setor aéreo tem sido historicamente líder no desenvolvimento tecnológico e, atualmente, a transformação digital não é alheia à indústria aérea que busca cobrir três áreas principalmente: tecnologias para a automatização de operações, tecnologias para a integração de operações e tecnologias relacionadas com a sustentabilidade.
17 mai. 2022
Cartagena, 17 de maio de 2022 – O setor aéreo tem sido historicamente líder no desenvolvimento tecnológico e, atualmente, a transformação digital não é alheia à indústria aérea que busca cobrir três áreas principalmente: tecnologias para a automatização de operações, tecnologias para a integração de operações e tecnologias relacionadas com a sustentabilidade.
Durante o ALTA CCMA & MRO Conference, Ian Galloway, Diretor Aviação Comercial Américas e Soluções de Aviação Conectada da Collins Aerospace, apresentou “Conectividade: um catalisador para a transformação digital na aviação” onde abordou a conectividade, entendida como a capacidade de interconexão entre diferentes sistemas que funciona como catalisador e dá início à transformação digital nas transportadoras aéreas.
“Para garantir uma atividade segura e um gerenciamento preditivo é preciso ter uma estratégia de conectividade, pois existem informações em todos os pontos do avião e em vários momentos do voo. O problema é que ainda temos muito dado manual e isso é uma oportunidade para falhas. O que temos visto é que fabricantes de aeronaves têm se unido para criar modelos de transformação digital e isso é muito importante para a indústria. Nossa recomendação aos operadores é que trabalhem com seus times para ter dados em um ambiente seguro e mais eficiente”, diz Ian Galloway.
Galloway abordou o tema a partir de três perspectivas: a conectividade dentro da aeronave, para a aeronave e da aeronave para o controle em terra. Devido a essas necessidades de conectividade, uma companhia aérea precisa integrar sistemas e aplicações muito diferentes ao longo de diversas plataformas e protocolos, para tornar suas operações mais eficientes e seguras.
“Conseguir a transformação digital é um esforço de toda a cadeia de valor. São necessárias as necessárias infraestruturas de terra e de ar e os sistemas estão integrados. Os governos têm um papel fundamental para estender sua aplicação em todo o transporte aéreo”, comenta José Ricardo Botelho, Diretor Executivo & CEO ALTA.
Um importante ponto trazido pelo especialista é a cibersegurança na captura, aplicações e transferência de dados, algo crítico para a aviação. “Em nossa experiência dizemos sempre que os dados devem ser transferidos de forma segura. A complexidade está por trás de tantas aplicações e transformações que são necessárias para isso, então os operadores precisam ter uma estratégia clara e que garanta as pessoas certas manejando esses dados”, alerta Ian Galloway.
Segundo dados divulgados em um relatório do BID, 40% das agências públicas do setor de transportes na América Latina têm pendente elaborar uma estratégia de transformação digital. No sector privado, esse número é de 27%. A chave é entender que a transformação digital não se trata de adquirir soluções tecnológicas padronizadas, mas sim de que cada companhia da indústria aérea satisfaça necessidades e objetivos particulares.