ALTA convida Belize para trabalhar em uma agenda estatal para o desenvolvimento da aviação e do turismo

Belize, 9 de novembro -De acordo com as previsões da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), 104.608 voos domésticos e 8.895 voos internacionais serão operados no Belize até 2023. O tráfego internacional atingirá os níveis anteriores à pandemia, mas o doméstico ainda continua atrasado.

O transporte aéreo desempenha um papel fundamental no Belize, com quase 80% dos turistas chegando por via aérea. Um em cada três dólares gerados na economia do Belize provém do turismo internacional e, dois em cada cinco postos de trabalho no país, dependem do turismo internacional.

Daí a importância de uma Agenda de Estado com políticas públicas que incentivem a competitividade do país, promovam infraestruturas adequadas, investimentos no turismo e na promoção de práticas sustentáveis que protejam o patrimônio natural e cultural do país.

O Belize, graças aos seus recursos naturais e históricos, é uma grande atração para turistas de todo o mundo. No entanto, para manter e aumentar este fluxo, é essencial garantir que o país continue a ser um destino atrativo e acessível. As infraestruturas aeroportuárias, as ligações aéreas diretas e as facilidades de migração são cruciais neste contexto.

Oito em cada dez turistas que visitam o Belize provêm dos Estados Unidos e da Europa. Existe ainda uma grande oportunidade para diversificar e aumentar o número de turistas da América Latina, melhorando o quadro regulamentar para permitir mais voos e otimizar a conectividade com os países da região e tornar Belize um local mais atraente e competitivo.

Estas medidas gerarão benefícios diretos, indiretos e induzidos para o país e para o desenvolvimento socioeconômico da população. De acordo com dados do Belize Tourism Board, em média, durante o ano, dois em cada três quartos de hotel estão desocupados no Belize, deixando as infraestruturas subutilizadas. Estes quartos poderiam ser ocupados por mais turistas provenientes dos principais mercados de origem, bem como pela diversificação do turismo de entrada, atraindo mais viajantes da região. No entanto, é importante melhorar a competitividade do país e, em especial, do setor da aviação, por meio da aplicação das seguintes estratégias e medidas:

- Modernização dos aeroportos e das instalações: é fundamental dispor de aeroportos modernos e eficientes, capazes de receber um maior número de voos e de passageiros.

- Ligações diretas: estabelecer mais ligações aéreas diretas com os principais mercados emissores e potenciais, reduzindo os tempos de espera e tornando as viagens mais atrativas.

- Promoção conjunta: trabalhar em colaboração com as companhias aéreas para promover Belize como destino turístico, oferecendo pacotes e ofertas especiais.

- Tarifas competitivas: estudar o mercado e estabelecer tarifas aéreas atrativas que reduzam o preço final dos bilhetes e atraiam mais turistas.

- Flexibilidade nas políticas de visto: facilitar a entrada de pessoas de diferentes países, especialmente para latino-americanos com potencial turístico. Atualmente, 104 mercados emissores não necessitam de visto para entrar no Belize. Como referência, o Equador tem 172 mercados emissores que não necessitam de visto.

"O nosso papel na ALTA é servir de ponte entre a indústria aérea e os Estados para desenvolver agendas que incluam estratégias de curto, médio e longo prazo para promover o crescimento desse setor essencial para a população. Não só por ser um meio de deslocamento fundamental que compensa a falta de outros meios de transporte eficientes, mas também pelo grande impacto que tem na economia por meio da geração de empregos, rendimentos para múltiplas indústrias, contribuições fiscais, entre outros. Estamos em Belize para nos colocar à disposição das autoridades para criar estas agendas de trabalho conjuntas, que temos a certeza que terão um grande impacto no país, especialmente porque Belize é o único país que faz parte da CARICOM, SICA e CELAC", destaca José Ricardo Botelho, Diretor Executivo & CEO da ALTA.