A aviação é essencial para a economia Latino-Americana e Caribenha
Os CEOs das companhias aéreas Avianca, Copa Airlines, Aeromexico e Aerolineas Argentina concordam que as operações se recuperaram rapidamente após a pandemia, e que, apesar de enfrentar novos desafios econômicos globais, como o aumento dos preços dos combustíveis, a demanda de passageiros continua a crescer
18 out. 2022
Buenos Aires, 1 de outubro de 2022. As companhias aéreas que operam na América Latina estão caminhando para a recuperação completa das operações após a crise sofrida pela pandemia Covid-19.
Apesar de enfrentarem novos desafios como o aumento dos preços dos combustíveis, a inflação, a desvalorização das moedas regionais, as regulamentações em alguns países, as taxas de impostos eoutros fatores, os CEOs da Avianca, Copa Airlines, Aerolineas Argentinas e Aeromexico concordam que a indústria aérea é fundamental na recuperação econômica e na promoção do turismo nos países. então eles apostam em continuar a crescer.
No painel A Jornada dos CEOs que ocorreu no Alta AGM & Airline Leaders Forum organizado pela Associação de Transporte Aéreo de Ltinoamericana e Caribe (ALTA) em Buenos Aires, o CEO da Aerolíneas Argentina, Pablo Ceriani, descreveu como após a pandemia a demanda e as operações da companhia aérea cresceram paraníveis entre 70% e 80%. "Estamos com uma recuperação que nos surpreendeu por causa da força e solidez. No primeiro ano da pandemia ficamos fechadose demoramos mais para recuperar", admitiu.
Para Adrián Neuhauser, CEO da Avianca, no meio da pandemia eles tiveram que tomar uma das decisões mais decisivas dessa companhia aérea, entrando nocapítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, da qual saíram com um plano de reestruturação bem definido e com o qual buscam dirigir a companhia aérea com uma nova visão. "Era essencial fazê-lo, passar pelo capítulo 11 era uma questão de vida ou morte. Sabíamos o quanto a Avianca é importante para a economia, para a sociedade e o quanto ela é importante para a empresa existir. Importante dentro do ecossistema para os colaboradores e para nós."
A Aeromexico passou pelo processo do Capítulo 11 dos Estados Unidos, seu CEO Andrés Conesa relata que naquela época, no meio da pandemia, não havia muitas opções. "É a reestruturação mais importante da história do México e nos deixa com muitas lições importantes. Saímos mais fortes, no final a lição mais importante é que a crise são oportunidades, você nunca será capaz de mudar de forma quando tudo estiver indo bem", disse Conesa, lembrando que os esforços dobraram e triplicaram.
A Conesa ressaltou que hoje a Aeromexico está mais forte do que antes e busca crescer mais para conectar o México com o resto do mundo.
Ele anunciou que espera retomar o mercado asiático assim queesses mercados abrirem "A conexão para o México e o resto da América Central e do Sul com a Ásia é fundamental".
Pedro Heilbron, CEO da Copa Airlines, ressaltou que após a pandemia eles ficaram surpresos com a rápida recuperação do turismo e viagens de lazer, enquanto as viagens de negócios que não voltaram ao tráfego de passageiros que movimentou essesegmento de viajantes corporativos ainda estão um pouco atrasadas.
Heilbron disse que o crescimento da concorrência em geral na região com novas companhias aéreas entrando nos mercadoscaribenho e centro-americano, bem como a consolidação de outras, faz com que companhias aéreas como a Copa Airlines queiram continuar melhorando sua proposta de serviço aéreo. "Temos que ser melhores, mais competitivos e mais eficientes no que fazemos e essa é a fórmula", respondeu ele sobre a chegada de novos jovensda indústria aérea.
Desafios operacionais e externos
Os CEOs da Avianca, Aerolineas Argentinas, Aeromexico e Copa Airlines descreveram alguns desafios que tanto o operacional quanto o exterior enfrentam.
Pablo Ceriani, CEO da Aerolineas Argentinas, disse que há alguma incerteza sobre se o ritmo crescente do fluxo de passageiros continuará, enquanto há um superaquecimento da economia global afetada pelos altos preços, inflação e isso pode afetar a renda das famílias. "Por mais que digamos que tentamos flexibilizar tudo, este é um negócio muito complicado porque os planos de investimento são de longo prazo e temos muitos custos afundados e não temos muito espaço para manobras, mas temos que continuar investindo", disse ele.
Andrés Conesa, CEO da Aeromexico, disse que, somado ao contexto econômico global, há desafios regulatórios. "Devemos garantir um campo de igualdade permanente que permita maior desenvolvimento, criação de empregos e benefícios para o país e a chave é alcançar maior clareza regulatória e é algo que o governo e a indústria têm que fazer."
Adrian Neuhauser, CEO da Avianca, disse que é essencial conseguir uma recuperação sustentável da indústria aérea regional que gere empregos e oportunidades de negócios com conectividade entre países e continentes. "A aviação é fundamental para a América Latina porque nos permite a todos nos conectarmos, fazer negócios e, naturalmente, gerar crescimento econômico e nos permitirá ter uma melhor qualidade de vida", disse Neuhauser.
Pedro Heilbron, CEO da Copa Airlines, enfatizou que é vital promover a competitividade da indústria aérea para continuar impulsionando a economia regional com mais conectividade e a promoção do turismo. "A aviação tem um impacto importante na economia e no turismo, mas ao mesmo tempo são impostos novos encargos, custos e impostos que vão contra isso, portanto é necessário procurar promover a competitividade da indústria", disse ele.
Os CEOs concordaram que esta indústria tem mostrado grande resiliência e continuará em vigor, pois também se esforça para se concentrar na descarbonização, incluindo inovações para melhorar o atendimento e a atenção ao cliente, ao mesmo tempo em que se reinventa dia após dia em meio à concorrência feroz e a um consumidor que continua a buscar vingança pelos quase dois anos em que ficou sem viajar.